Arte na Pré-história Brasileira


Em 1978, foram encontrados vários dados arqueológicos, durante uma missão franco-brasileira, e concluiram que no sudeste do Estado do Piauí, era habitada por humanos em volta de 6000 a.C. E como provavelmente viviam em cavernas e grutas, praticavam a arte rupestre.
Essas pinturas foram classificadas em dois grupos diferentes, pelos arqueólogos, Naturalismo e Geometrismo.

No naturalismo, é possível ver animais, como onças, veados, aves, mostrando também cenas do cotidiano, como a caça. Já no geometrismo, podemos ver que são muito variadas: apresentam linhas paralelas, grupos de pontos, círculos, círculos concêntrico, cruzes, espirais e triângulos.

A partir do estudo dos vestígios arqueológicos encontrados em São Raimundo Nonato, os estudiosos levantaram a hipótese da existência de um estilo artístico denominado Várzea Grande).

Esse estilo tem como característica a utilização preferencial da cor vermelha, o predomínio do Naturalismo, a representação de figuras antropomorfas e zoomorfas (com corpo totalmente preenchido e os membros desenhados com traços) e a abundância de representações animais e humanas de perfil. Nota‑se também a freqüente presença de cenas em que participam numerosas personagens, com temas variados e que expressam grande dinamismo.

As pesquisas científicas de antigas culturas que existiram no Brasil, a partir das descobertas realizadas no sudeste do Piauí, abrem uma perspectiva nova tanto para a historiografia como para a arte brasileiras.

Com isso, podemos concluir que a história do Brasil não começou em 1500, e sim, muito antes, quando os homens expressavam seus sentimentos, suas vontades e seus desejos através da arte rupestre, que foi dividida entre Naturalismo e Geometrismo, e que esses fatos nos permitem ver mais claramente que a história de nosso país está ligada à história do mundo todo, e que as nossas raízes são muito mais profundas do que o limite inicial de uma data, no tão próximo século XV.